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domingo, 10 de junho de 2018

Jacques Vallé,Aimé Michel, J. Allen Hynek,Whitley Strieber,John Keel,pioneiros da hipótese interdimensional

Eu vejo muitos Ufólogos e entusiastas falarem muito da hipótese extraterrestre mas muito pouco sobre a hipótese ultraterrestre,teoria a qual eu acredito ser a mais complexa e paradoxal explicação do fenômeno Ufológico.

O objetivo deste post e esclarecer melhor a todos vocês a hipótese interdimensional é mostrar que sim ela é bem plausível e que acreditar nessa hipótese não significa que devemos menosprezar as demais.

A Hipótese interdimensional credita que o fenômeno ufológico(todo ele ou parte dele) tem suas origens nos universos que compõem o multiverso,sendo assim coexistindo com o Universo a nossa volta,e que esses fenômeno seria uma manifestação de seres lendários do passado só que com uma nova roupagem.

Sem dúvidas o criador e o idealizador dessa teoria é o ufólogo e o astrofísico Jacques Vallé em seus livros mais importantes "Passport to Magonia: From Folklore to Flying Saucers" de 1969 e "Dimensions: a UFOcase Alien Contact" de 1988.

Passaporte para Magonia 
O livro Passaporte a Magonia de Jacques Vallee, foi publicado pela primeira vez em 1969, contando atualmente com edições na língua inglesa, francesa e espanhola. Não há uma publicação na língua portuguesa. O Livro aborda o mito dos OVNIs e argumenta que coincide em alto grau com a fé nas fadas das religiões célticas, observações de eruditos antigos e a crença, amplamente difundida, acerca de seres cujas características se assemelham aos alegados visitantes extraterrestres. O comportamento desses visitantes é invariavelmente tão absurdo, quanto ridículo é o aspecto de sua nave. Geralmente suas declarações resultam falsas. Esta absurda conduta afasta os cientistas do estudo do fenômeno, e serve para acrescentar ao mito aspectos religiosos e místicos.

Vejam as citações de trechos desse livro:

“O que significa tudo isso? Como se pode reconciliar fatos aparentemente tão contraditórios? Alguns, levados por um louvável intento, põe em dúvida que valha a pena buscar constantes, como aconselham os métodos clássicos: É necessariamente certo —se perguntam— que possamos detectar constantes significativas —que tenham sentido para nosso próprio nível de Inteligência — na conduta de uma espécie superior? Não é mais provável que em suas ações encontremos unicamente dados dispersos e imagens incoerentes (...)?
“Clérigos eruditos do passado recolheram lendas do seu tempo em que apareciam estes seres. (...) Em seu conjunto, estes relatos ofereciam uma imagem coerente da aparência, organização e métodos de nossos estranhos visitantes. A aparência — que o leitor não se surpreenda — corresponde exatamente aos atuais ocupantes dos OVNIS. Seus métodos são os mesmos. Encontramos a repentina aparição de «casas» resplandecentes de noite, casas que normalmente podem voar, que continham lâmpadas peculiares, luzes radiantes que não requeriam combustível para arder. Aqueles seres podiam paralisar suas testemunhas e transladá-los através do tempo. Caçavam animais e sequestravam pessoas.”


Neste livro Vallé colocou algumas bases para a sua téoria:

Proposição 1: A conduta de visitantes não humanos ao planeta, ou a conduta de um a raça superior que coexista conosco aqui, não teria que parecer lógica para o observador humano.

Proposição 2: O tempo continua enigmático para os físicos modernos, disso se deduz que qualquer teoria do Universo que não tenha em conta nossa ignorância a esse respeito, provavelmente não passará de um exercício acadêmico. Em particular, semelhante teoria nunca poderia esgrimir-se seriamente em uma discussão acerca das limitações impostas a possíveis visitantes interplanetários.

Proposição 3: Todo o enigma contêm elementos de um mito, que poderia ser utilizado para fins políticos ou sociológicos.

Arremata que a busca talvez seja inútil. A solução talvez permaneça para sempre fora de nosso alcance, "(...) a aparente lógica de nossas deduções mais elementares podem evaporar-se.".

Dimensions


Em 1988, Vallee publicou o livro "Dimensions: A Casebook of Alien Contact", aprimorando a tese proposta em Magonia. Jacques Vallee declara que a tese extraterrestre não é estranha o suficiente para explicar o fenômeno ufológico. Defende que o fenômeno UFO representa a evidência para outras dimensões além do espaço-tempo; os OVNIs podem não vir do espaço comum, mas a partir de um multiverso ao nosso redor. Acredita na existência de um sistema em torno de nós que transcende o tempo, uma vez que transcende o espaço. Uma inteligência alienígena que pode se disfarçar como um invasor marciano, como um deus primitivo, como a Santíssima Virgem, como uma frota de aeronaves. Não sãos manifestações de uma espaçonave comum, no sentido de porcas e parafusos. Os OVNIs são manifestações físicas que simplesmente não podem ser entendidas para além da sua realidade psíquica e simbólica.


"O mecanismo das aparições, em tempos lendários, históricos e modernos, é padrão e segue o modelo dos milagres religiosos. Vários casos, que carregam o selo oficial da Igreja Católica como aquelas em Nossa Senhora de Fátima e Nossa Senhora de Guadalupe, são, na verdade - se aplica estritamente a interpretação - nada mais do que o fenômeno UFO, onde a entidade tenha dado uma mensagem tendo a ver com crenças religiosas, em vez do espaço ou engenharia."
O fenômeno seria uma das maneiras através das quais uma forma de inteligência estranha e de complexidade incrível está se comunicando conosco simbolicamente. Não há nenhuma indicação de que é extraterrestre. Em vez disso, há evidências de que ela tem acesso a processos psíquicos que ainda não dominamos ou mesmo pesquisamos.

Aimé Michel


Aimé Michel (1919 - 1992), foi um escritor, filosofo e ufólogo francês que pensou a temática OVNI e contribuiu, nas próprias palavras de Vallee, para a maturação do conceito Interdimensional para a fenomenologia OVNI. O filosofo francês escreveu livros e artigos sobre os "Soucoupes volantes", desenvolvendo vários dos modernos conceitos hoje aplicados ao fenômeno.

Aimé escreveu que seres vindos de lugares tão distantes, com fantásticas despesas de energia, não viriam a Terra para fazer apenas algumas acrobacias, geralmente na frente de pessoas comuns. Tal suposição seria insuportável. O contato deveria ser o resultado esperado, mas ele não aconteceu, sendo assim, os discos voadores são um absurdo. Também se debruçou sobre a questão do contato entre seres muito diferentes, e, se entre humanos e alienígenas, não poderíamos tentar reduzir seus pensamentos aos termos dos nossos; provavelmente não compreenderíamos sua tecnologia e seu psiquismo, tanto quanto difícil seria para esses visitantes também. E que não devemos achar irracional a possibilidade da existência de seres mais evoluídos, simplesmente porque seriam incompreensíveis, estando além dos limites do nosso estágio de desenvolvimento fisiológico.

No livro "The Humanoids",uma coletânea de artigos organizados por Charles Bowen, Aimé escreveu o capítulo "The Problems of Non-Contact". Abaixo, citações traduzidas:

"O primeiro fato óbvio que temos é que tal contato não existe entre a humanidade e o sistema 'X' ou sistemas responsáveis pelo fenômeno UFO(...)"
"(...)é evidente que, se o sistema "X" é um múltiplo (se há várias origens ou responsáveis), em seguida, todos eles obedecem igualmente, na medida em que nossas observações nos permitem medir, uma única lei em um ponto preciso, que é a abstenção do contato."
"(...) uma primeira explicação para a falta de contato: não temos mais contato com "eles" do que temos com o Gymnarchus Niloticus porque mais do que peixes, eles não têm o nosso tipo de pensamento discursivo. Eles nos dominam como o micróbio quando estamos doentes."
" (...) as reais entidades responsáveis pelo fenômeno UFO nunca estão lá, e ninguém os vê, nunca. Tudo o que vemos são robôs (biológicos ou não (...). Estes robôs são feitos para cumprir uma determinada tarefa, como nós criamos vacas, cães de guarda (...). A tarefa (desconhecida) para o qual foram concebidos não preveem qualquer contato com a humanidade."

  J. Allen Hynek

O falecido astrônomo e ufólogo J. Allen Hynek em 1975 publicou junto com Vallee o livro "The Edge of Reality: a progress report on unidentified flying objects", abordando a hipótese interdimensional, Hynek escreve:

"(...) Uma das diferenças é que os UFOs parecem estar sob algum tipo de controle inteligente, e os fenômenos naturais não estão sob controle inteligente (...) eles aparentemente exibem o que seria chamado teatro (...) humanóides (...) se assemelham amplamente a versões do Pequeno Povo (...) chamados Elementais na literatura ocultista (...) salamandras, ondinas, sílfides (...) o que me deixa inquieto sobre (...) o papel insano da coisa, o papel absurdo - é um outro mundo, outro reino que parece ter algum entrelaçamento com o nosso e o que estamos descrevendo aqui é apenas esse entrelaçamento (...)"

Em 1977 no "I International UFO Congress" em Chicago, EUA, segundo os anais compilados por Curtis G. Fuller, defendeu a hipótese interdimensional em detrimento da hipótese extraterrestre para o fenômeno.

Em fevereiro de 1985 em entrevista a Omini Magazine disse:

"(...) o fenômeno UFO deixou de ser físico, mas um problema psicológico (...) (visitantes do espaço exterior) é difícil de aceitar (...) a hipótese ET é insustentável, ela simplesmente não faz sentido para um cientista (...) várias coisas que tornam improvável a hipótese ET (...) efeito Gato de Cheshire (...) eles podem até ser uma interface entre a nossa realidade e uma realidade paralela, a porta para outra dimensão (...)"

 Whitley Strieber


O escritor Whitley Strieber, é conhecido por romances de terror e pelo livro Communion (book), obra baseada em supostas histórias reais do autor, nas quais descreve suas experiências com entidades não humanas. Foi adaptado por Hollywood em filme de mesmo nome:Communion (1989 film).

Em 1988 o escritor prefaciou o livro Dimensions'(Vallee) e resumiu particularmente uma das facetas da proposta de Vallee: que a força que agora aparece sob a forma de UFOs e manifestações associadas, surgiu na história muitas vezes, funcionando como uma espécie de mecanismo de controle influenciando assuntos humanos, muitas vezes profundamente. Demonstra que o Milagre do Sol ocorrido nas Aparições de Fátima foi uma espécie de fenômeno hibrido: religioso e também um clássico encontro UFO. Não poderia tal real tecnologia estar por trás de milagres e aparições que fizeram tanto para influenciar o crescimento de nossas culturas? Com efeito, visto a partir dessa perspectiva, grandes religiões podem ter surgido de experiências visionárias que pertencem, de fato, ao campo UFO. Assim, o fenômeno além de influenciar nossa evolução, se torna seu motor primário. Poderia muito bem ser a influência mais importante de nossa história. E é sem dúvida mais ativo agora em escala global do que jamais esteve antes.

Em seu livro Solving the Communion Enigma de 2011, Strieber reflete sobre como os avanços na compreensão científica lançaram luz sobre os acontecimentos descritos em seu livro de 1987, Communion, principalmente que universos paralelos podem ser fisicamente reais e que viagens no tempo podem ser possíveis. Strieber conclui que a espécie humana está sendo pastoreada até um nível mais elevado de compreensão e existência dentro de um "multiverso" inesgotável de matéria, energia, espaço e tempo.

John Keel



John Keel, jornalista, escritor e ufólogo americano, falecido em 2009, conhecido por popularizar o termo Homens de Preto, numa época em que ainda acreditava na explicação extraterrestre para o fenômeno ufológico. Em 1971 em seu livro Our Haunted Planet cunhou o termo Ultraterrestre para o fenômeno. Ele descreve os ocupantes dos OVNIs não como visitantes alienígenas da Terra, mas uma civilização terrestre avançada, constituída de fenômenos que mudam de forma, a partir de outra ordem de existência, que pode ou não ser humana. Em seu livro de 1970, "UFOs: en:Operation Trojan Horse (book)", sugeriu que muitos aspectos dos modernos relatos de UFOs, incluindo encontros com humanoides, frequentemente tem paralelos com o folclore antigo e visões religiosas. Escreveu: "Ufologia é apenas outro nome para demonologia" e alegou que ele não se considerava um ufólogo, mas um demonologista.

Keel escreveu:

"Eu abandonei a hipótese extraterrestre em 1967, quando as minhas próprias investigações de campo mostraram uma sobreposição surpreendente entre os fenômenos psíquicos e UFOs"
"Os objetos e aparições não se originam necessariamente em outro planeta e podem mesmo não existir como construções permanentes da matéria. É mais provável que vemos o que queremos ver e interpretamos tais visões de acordo com nossas crenças contemporâneas."

As ideias desses grandes pensadores hoje chegam na acadêmia ,no fim do mês de Maio deste ano foi divulgado um artigo que corrobora o pensamento e a hipótese interdimensional.

Uma coisa é procurar vida em outras partes do Universo. Mas por que parar aí? E a vida em todos esses universos paralelos que os físicos teóricos gostam de falar?

Um artigo recente no Monthly Notices da Royal Astronomical Society sugere que alguns desses locais podem ser o lar de alienígenas que não estão apenas fora deste mundo – eles estão fora deste cosmos.



A ideia de que outros universos possam existir surge da percepção de que o Big Bang pode não ter sido um evento único, mas comum. Quão comum? Os físicos da Universidade Stanford, Andrei Linde e Vitaly Vanchurin, estimaram que o número de universos paralelos únicos – aqueles que são independentes do cosmos que você conhece e adora – poderia ser escrito como um seguido por 10 mil trilhões de zeros. Esse não é um número que tenha um nome e certamente não é um que você encontrará no mundo real. Provavelmente exigiria 10 bilhões de notebooks apenas para escrever esse número.

Então, para parafrasear a personagem de Jodie Foster no filme ‘Contato’, se o nosso cosmos é o único com vida, então isso é um terrível desperdício de universos.

Mas, apesar de sua possível plenitude, nem todos esses universos paralelos provavelmente serão abençoados com a biologia. Como muitos cientistas apontaram, nosso universo – conhecido pelo nome cativante “o universo” – parece muito especial. Suas propriedades físicas são notavelmente adequadas para a existência de vida. Se as forças que mantêm os átomos juntos fossem um pouco diferentes, as reações atômicas que alimentam as estrelas não funcionariam, e nosso cosmos consistiria apenas de hidrogênio. Ajuste essas constantes de outra forma, e as estrelas se queimariam tão rapidamente que não haveria tempo para a evolução de micróbios, dinossauros ou de você. Se a força da gravidade fosse apenas ligeiramente alterada, nosso universo teria se expandido muito rapidamente após o Big Bang para as estrelas e galáxias se formarem – ou teria entrado em colapso em um Big Crunch.



Estes são apenas alguns exemplos de coincidências que fizeram o nosso universo tão adequado para a sua existência .

A pesquisa apresentada no novo estudo, conduzida por cientistas na Grã-Bretanha, Austrália e Holanda, tem a ver com um dos parâmetros mais difundidos do nosso cosmos – a força da energia escura. Descoberta há apenas 20 anos, a energia escura é uma força misteriosa que faz com que o nosso universo se expanda mais rapidamente com o passar do tempo. Curiosamente, alguns físicos acreditam que a quantidade de energia escura em nosso cosmos está no lado baixo e que outros universos paralelos podem ter muito mais. Se assim for, eles estariam se expandindo tão rapidamente que o gás nunca entraria em colapso para produzir estrelas e planetas.

Parece que ter a quantidade certa de energia escura é crucial para criar universos que possam gerar vida. Mas isso não parece ser o caso. Usando modelos de computador, a equipe de pesquisa descobriu que eles poderiam variar a força da energia escura de zero a várias centenas de vezes do valor em nosso universo, e tudo permaneceu compactado. A energia escura não precisava de força especial para as galáxias e estrelas se formarem.



Então, isso é uma preocupação a menos para aqueles que esperam por uma companhia cósmica. Energia escura não parece importar muito. Mas se as forças nucleares ou gravitacionais são bem diferentes, esses outros universos podem ser tão estéreis quanto as uvas sem sementes. Em outras palavras, ainda não sabemos se muitos universos serão hospitaleiros para a vida ou muito poucos.

Naturalmente, mesmo a existência de universos paralelos não é comprovada. Mas os cientistas gostam da ideia de que eles existem, porque fornecem uma explicação naturalista para o fato das constantes físicas em nosso próprio universo possuírem os valores amigos da vida que elas possuem. Veja, se há “bazilhões” de universos, então – apenas pela sorte – alguns terão as propriedades certas para a vida. Nenhum milagre envolvido. Claramente, estamos em um desses universos propícios à vida, pois, do contrário, nem estaríamos fazendo essa pergunta.



Em outras palavras, nós e todos os nossos irmãos biológicos vivemos em um cosmos que ganhou na loteria. Você, eu e todas as outras floras e faunas do universo deveriam ser gratas.

Fontes:



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